Mudança…

29 11 2007

http://www.sweetvice.wordpress.com





se…

4 09 2007

temos tanto recursos de reserva, como afirmou o Lula no ultimo discurso, entao pq ainda temos tantos c fome, pq a saude publica esta o verdadeiro caos, pq ainda temos divida externa q nos deixa cm país de terceiro mundo, pq…, pq…, pq…
Podia continuar ate o amanhecer, mas dá pra entender ne? Alguem responde?





Pensando…

22 08 2007

seriamente em acabar c esse blog. Hahaha. Os outros dois tem me entretido bastante.





Coisas que irritam…

19 06 2007

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O comercial do Pedrinho irrita tudo mundo ou é pessoal mesmo?
Acho que precisamos aprender aquela velha máxima de que tudo em exesso faz mal – pelo menos pros meus ouvidos!
Temos a péssima mania de tocar a mesma coisa over and over. Seja uma música e/ou um comercial.
Nesse mar de repetiçāo uma tem me irritado mais do que todas as outras (sim! até mais do que “Eu quero fazer cocô na casa do Pedrinho!”).
Alguém já parou o comercial de uma sabonete intimo qualquer (juro que nao lembro o nome), que fala o que “é ser mulher”? Papo vai, papo vem e veja a parte “tomar uma banho longo pra se sentir mais bonita”. Ah! Que piada!
Quer se sentir mais bonita? Vai brincar com as roupas do armário, vai no cabelereiro… qualquer coisa. Mas pq mexer com a água que já anda tāo escassa?
Banho é pra ficar limpinho. Nāo tratamento de beleza.

“Uma projeção feita pelos cientistas indica que no ano de 2025, dois de três habitantes do planeta serão afetados de alguma forma pela escassez – vão passar sede ou estarão sujeitos a doenças como cólera e amebíase, provocadas pela má qualidade da água. É uma crise sem precedentes na história da humanidade. Em escala mundial, nunca houve problema semelhante.”

E aí? Nāo vale economizar no “tratamento de beleza”?

Para pesquisa:
http://www.google.com/search?hl=en&client=safari&rls=en&q=problema+da+falta+de+agua&btnG=Search





Ligando os pontos – Lendo/ouvindo o que se precisa!

7 06 2007

Engraçado como uma coisa puxa a outra, quase sem querer e assim – quase sem querer – tudo faz um sentido incrivel. Mesmo coisas escritas meses atras e que vc acaba lendo, assim, quase sem querer.

No comeco dessa semana ouvi uma banda chamada Sullivan. Gostei da musica. Joguei no Google. Um dos integrantes é muito parecido com o Spencer do UO. Curiosidade aguçada e a pesquisa Googliana continua. Phil – o tal “parecido” é o baterista do Sullivan e irmao do Spencer. Explicada tal aparencia. Wikipedia surge no meio da pesquisa para dar tal informacao. No final da pagina ta la escrito: Sullivan is involved in To Write Love on Her Arms. Ok ok. Seja lá o que for isso.

Maldita “curiosidade”. Abrir Google. To Write Love On Her Arms. Search.

TWLOHA é um organizacao montada por um jovem chamado Jamie. O objetivo é simples: arrecadar dinheiro para pagar as despesas de uma amiga que estava entrando na clinica de reabilitacao. Mas o que comecou com uma amiga, hoje é uma instituicao/organizacao que arrecada fundos para ajudar diversas meninas/adolescentes/jovens envolvidas pela depressao e a auto-multilacao. Ninguem sabe que tamanha provisao foi me deparar com isso.

Para quem entende mais ou menos o ingles, a historia e alguns fatos muito interessantes podem ser encontrados no site To Write Love On Her Arms .

Mas curiosidade que é curiosidade nao acaba assim. Google Images. To Write Love On Her Arms. Search.
Em meio a muitas imagens encontrei o blog de uma menina que tinha o TWLOHA como links. Amanda Petersen esta a caminho da Tailandia.

“Ta tudo bem, nao preciso dormir agora. Posso continuar xeretando onde isso vai dar”

Resposta encontrada. Advertures in Missions. World Race.

Ao ouvir uma das primeiras frases, meu corpo tremeu. “Muitos jovens me perguntam o que devem fazer com suas vidas…”. O link para o video – é curto, mando de preguicosos e eu ja coloquei legenda para facilitar a vida de todo mundo – ta aqui: World Race

Voltando ao site do TWLOHA para colar o link ali em cima resolvi ler o ultimo post de Jamie – escrito em 4 de Maio sobre algo que ele ouviu no dia 09 de Abril (sim! no meu aniversario!). E uma frase me chamou atencao. E novamente senti em meu corpo.
“I am being asked to let go of a dream, the thing that I would trade everything for. It is an awful surgery, and I can’t honestly say that I’ve even begun to let go. The truth is that all I can do is work on becoming the best man that I can be, the man that I was created to be.”
(“Pedi para abandonasse um sonho, aquilo que eu daria tudo para ter. Foi uma cirurgia terrivel, e eu nao posso dizer honestamente que eu sequer comecei a abrir mao disso. A verdade é que tudo que posso fazer é trabalhar para me tornar o melhor homem que posso ser, o homem que fui criado para ser.”)

WOW!

Ah… se eu tivesse alguns mil dolares





Quero ser Laur(en)a…

6 05 2007

“Be the change you wish to see in the world.”
Feed Bag. Amazon

Essa semana que deparei com duas Lauras – uma real, uma fictícia.

A fictícia é personagem de Maya, livro de Jostein Gaarder.
Chamou minha atençāo para a fantasia de viver fazendo algo que é realmente importante para o mundo. Chamou minha atençāo para ser temperamental e apaixonada. Chamou minha atençāo para o fim do mundo.
“Ana perguntou a Laura de onde ela era. Laura respondeu que na realidade era de San Francisco e que tinha estudado história da arte, mas que ultimamente havia trabalhado como jornalista em Adelaide. Nāo fazia muito, recebera uma espécie de bolsa de trabalho de uma fundaçāo ambientalista americana, e sua tarefa consistia em registrar todas as forças que se opunham à luta dos povos em defesa do meio ambiente. A funçāo de Laura seria, em suma, realizar um controle anual de indivíduos, instituiçōes e empresas importantes que, por interesse econômico, depreciassem publicamente a importância das ameaças ao meio ambiente em curso na Terra.” – (pag. 90).

A outra é real e carrega o sobrenome Bush com ela – sim, o mesmo sobrenome Bush que dançou por aqui no último post. Lauren Bush nasceu no mesmo ano que eu (1984). Sobrinha do presidente americano, Lauren é modelo, estudou design fashion e atualmente estuda antropologia na Princeton University.
Talvez para os meus padrōes seja ela um tanto quanto – ou mais – fictícia que a Laura anterior.
Estagiaria de Friends, capa da Vogue, namoradinha do herdeiro de Ralph Lauren, Lauren (Bush) já freqüentou jornais de fofoca como caso amoroso de senhor Prince William. Fofoca vai, fofoca vem. E ela prova – ou ao menos tenta – ser real.
A bolsa da foto é idéia dela. Embaixadora dos estudantes do Programa World Food (Comida do Mundo), desde 2005, lançou à pouco tempo junto a UN (Naçōes Unidas) o programa World Feed Bag (http://www.worldfeedbag.org).
A World Feed Bag nada mais é do que uma bolsa feita do material – altamente – usado na África, a junta. Dos US$ 59,95 cobrados, US$ 34 vāo para o programa que compra alimento para a populaçāo africana. A “grande sacada” é, na verdade, duas.
A primeira é quase acidental. O produto é lançado ao mesmo tempo que uma lei proibe sacolas de plásticos (dessas que usamos no supermercado) na cidade californiana de San Francisco. Agora é lei: cada um leva para as compras a sacola que pretende usar na volta pra casa, e que ela nāo seja de plástico!
A outra deve ter a ver com esse sobrenome dançante! As tais “bolsinhas” sāo vendidas na Amazon.com, maior rede de vendas online. É a primeira vez que a empresa coloca um produto filantropico em suas vendas! E esse é o tipo de moda que a gente espera que pegue (ver: http://www.fotolog.net/rachbelo).

Quisera eu, entāo, ser um misto de real e fictícia. Quisera eu, entāo, dançar por aí. Seja na campanha para o fim da malária [aposto que tenho mais ginga que o branquelo com cara de paspalho], seja entre as palavras de um livro, seja entre o meu sobrenome, mas sempre em algo que realmente faz diferença.
Quisera eu – pelo menos essa semana – me chamar Laur(en)a.

Laura: Latim; coroa de folhas de louro





Nunca dance…

26 04 2007

O que podia ser um bom marketing, ou até mesmo uma boa iniciativa dos americanozinhos, virou uma piada. Acho que o senhor Bush levou aquele dizer “Dance Like No One’s Watching” muito a sério. O que ele nāo percebeu é que Everyone WAS Watching.
De qualquer maneira, vamos lá ao que realmente interessa no meio disso tudo – apesar a imprensa brasileira (e porquê nāo dizer mundial?) insiste em falar apenas na tal dancinha…
A razāo dessa dança foi o “lançamento” da American Malaria Awareness Day (Dia do combate a malaria). Atualmente a Malaria atinge entre 350-500 milhōes de pessoas por anos, causando um número de um à três milhōes de mortes por ano – ou seja: uma morte a cada 30 SEGUNDOS! Sendo que a maioria dos casos acontece em crianças até cinco anos. Apesar das constantes melhorias e pesquisas para a prevençāo da doença, nas aréas consideradas de risco – África, Ásia e algumas partes da América do Sul – se acredita que a morte pela doença pode dobrar nos próximos vinte anos.
Por se “apresentar” muito fortemente em areas urbanas a maioria dos casos da doença é, ainda, nāo documetada. Outro grande problema é a combinaçāo (bastante forte nos países africanos) da malaria e do HIV – que é, ainda, menos “perigosa” e comum que a combinaçāo turbeculosa + HIV. De qualquer forma, a existência de ambas (malaria e HIV) em grande números nesses países ajuda o crescimento das duas doenças, já que a malaria deixa uma pessoa mais sucetível à vírus e a HIV acaba com o sistema imunologico, deixando o portador mais sucetível à infecçōes – como a malaria. Ou seja: um ciclo um tanto quanto perigoso.
Entre as areas de risco a mais atingida é a África. Já que cerca de 85% das mortes pela doença acontece no Saara Africano – parte do norte na África (países como Sudāo, Libia, Egito, Marrocos, Tunisia, Niger). O grande problema da malaria na África é que a doença se espalha igualmente nas areas urbanas e rurais, o que nāo acontece em locais como Vietna, Laos e Cambodia – onde a doença é concentrada nas areas rurais.
No Brasil, a doença se foca nas florestas amazonicas, onde ainda se luta para a dedetizaçāo dos mosquitos transmissores da doença.
Se a imprensa brasileira insiste em nāo noticiar a questāo – o que dificulta o conhecimento de maiores informaçōes sobre os dados da doença no Brasil e, também, dissipa as possibilidades de campanhas contra a mesma -, lá fora – inspirados talvez pela dancinha do presidente – as campanhas começam a brotar. Para quem gosta de American Idol, nāo percam os próximo episodios, onde o programa se “transforma” em um evente benificiente e discute a questāo, levantando dinheiro para aqueles que enfrentam a pobreza na África e aos atingidos pelo furacāo Katrina nos Estados Unidos.
http://www.americanidol.com
http://www.malarianomore.org

Mudando, mas nem tanto, de assunto:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u134664.shtml
— Depois a gente deve ficar segura quando a policia diz “Fica calmo que a gente tá aqui”. É justamente esse o maior medo/perigo. Me diz aí, o que vale mais: um videogame ou a vida de uma família? Ah! Outra pergunta: no que deu as 300 investigaçōes/CPIs do ano passado? Entraram de folga para dar espaço pras desse ano? É por essas e outras que um país – qualquer que seja ele – nāo para frente e viverá sempre como um país em desenvolvimento sem nunca realmente se desenvolver.





Todos os estados…

30 03 2007

A tarefa era simples: ir até a STB e garantir o seguro para minha viagem. Depois de passar a manhā tirando xerox de revistas e imprimindo páginas de reservas de albergues no velho continente, e de um almoço pra lá de gorducho, joguei os documentos na bolsa, calçei o único par de Havaianas que trouxe e fui. Nem tinha saido de casa quando chegou o primeira pedrinha: qual era o nome da rua mesmo? Piaiu? Ceará? Maranhāo?
– “Pai, você ainda está na internet? Vê para mim o endereço certo da SBT aqui em Higienopolis?”
Alagoas! Isso! O nordeste é logo ali.
Segui por minha rua. O movimento de estudantes com suas mochilas era intenso, como de comum. Subi a Itambé. Engravatados esperavam ao lado dos carros, todos do mesmo estilo Corola de ser. Demorou um pouco para cair a ficha, mas depois de uma fila deles, finalmente entendi: eram os motoristas que esperavam os alunos do colégio da rua.
A tour pelo lado “rico” do nordeste paulista continua. Maranhāo. Piau. Ceará. Será que Alagoas era pro outro lado? Ok, ok. Finalmente. O número da STB era 820, e no cruzamento que eu estava era apenas 32. Obviamente seria uma longa caminhada. No caminho o ambiente foi se modificando, ficando com um ar mais fresco, mais verde. E, de repente, uma ladeira. E uma bela visāo. Dessas que te faz querer uma câmera escondida na bolsa.
Na ida reparei em um parque… Parque Buenos Aires. Crianças, babás e cachorros dividiam espaço lá dentro.
Achar a STB nāo foi dificil. Depois de alguns quarteirōes, lá estava ela, em uma regiāo bem movimentada – que tinha até uma padaria chamada Barcelona, achei bem sugestivo. Em frente à agência, estava a FAAP uma das faculdades da “regiāo” e que eu estava querendo descobrir localizāo para pegar algumas informaçōes para o Salgadinho…
Mal-acostumada com a educaçāo – ou a falta de – dos atendentes da PUC-Rj – e até mesmo da Mackenzie – me surpreendi quando cheguei quase uma hora depois do horário de fechamento da central de informaçāo da FAAP – que ficava em um dos estados do nordeste – e encontrar um sorriso.
Informaçōes recebidas e caminhei em meio aos outros estados.
Chegar aos locais nāo está sendo grande dificuldade para mim. Sair deles e voltar para casa é que está se tornando uma verdadeira aventura.
Sai da FAAP quando ainda estava claro. Segui o caminho por onde tinha vindo. Passei novamente pelo Parque Buenos Aires… nāo ia entrar, mas uma coisa me chamou atençāo. Uma fumaça, meio transperente, mas diferente de fumaça de fogo… parecia mais fumaça de gelo seco. Nāo contive minha curiosidade. Adentrei o parque, apenas para me deparar com um Cuca-Fresca que fazia a alegria da criançada.
Segui meu caminho. Segui rumo ao nordeste. Mas algo estava errado. Por alguma raçāo os estados nāo apareceram e vieram todos os barōes e alamedas. Pronto estava perdida.
A soluçāo é bem simples: procure andar como se conhecesse o lugar e siga seus instintos, se nada der certo, pergunte. Mas a essa opçāo – no meu caso – é só quando bate o desespero.
No caminho “da perdiçāo” achei o pente rosa que minha māe tinha prometido para a neta torta dela, a Leticia. – Sim, is ticking.
Quando reparei que começava andar em circulos resolvi seguir as placas de transito que diziam “consolaçāo”. Pena que era o caminho para carros.
No auge do desespero – hahahaha – resolvi perguntar para o moço da banca de frutas. Mas com classe, como quem quer apenas confirmar uma informaçāo.
– “Moço, a Itambé é para lá, né?”
– “Itambé, nāo (algumas palavras nāo entendidas aqui)”
– “Consolaçāo?”
– “Ah! Cê sobe aqui, daí vai andando até a ‘Ginopoli’, vai ter o Pāo de Açúcar e a Quenzi…”
– “Obrigada! Obrigada! Dali eu já consigo achar!”
Ah! Como era bom ouvir o nordeste de volta. Se nāo em placas de rua, pelo menos no sotaque. Ah! Todos os estados estavam aqui novamente, do lado de casa.
Segui as instruçōes. Achei a Quenzi e o Pāo de Açúcar. Com eles o conforto no barulho dos bares – que assim como nos dias de jogo, as quintas-feiras também ganham vida própria.
Cheguei em casa e já se fazia escuro. De um lado a escova rosa da Xuxa de outro a papelada do seguro.

Note to myself: O CCAA é na Avenida Angélica, cabe saber em qual direçāo.





29 03 2007

Sāo Paulo é realmente uma cidade que vive a mil por hora, mas – por incrivel que pareça – ela costuma dormir quando os outros lugares estāo começando. Moro em uma regiāo totalmente estudantil. Perto de algumas faculdades, entāo a regiāo é toda voltada para isso. Os barzinhos sāo – se eu nāo errei na conta – cinco só no meu quarteirāo. No final da rua tem um Pāo de Açúcar que deve ser especializado em congelados. A quantidade de “pirralho” nas ruas é desproporcional para o resto da cidade/país. Mas assim mesmo – por incrivel que pareça – tudo termina quando devia estar começando.
Hoje era dia de jogo. Os bares estavam lotados. As mesinhas de plástico tomavam conta da rua. Agora – um pouco passado da meia noite – a rua já está vazia e nāo se ouve nada além do caminhāo de lixo e alguns poucos carros.
Tudo bem. “É dia da semana”, poderāo argumentar alguns. É, pode ser exatamente isso. Dia da semana.

A semana foi boa. Cheguie me casa só na quarta-feira cedo. R$ 11 é o preço da rodoviaria para minha casa. Do próxima vez volto com menos mala e pego o metrô, que é sempre uma aventura – né, Vivi??? Hahahaha.
Na quarta mesmo os carinhas da NET apareceram, antes do horário e com muita boa vontade!, sem ironia, e agora eu já estou oficialmente comunicavel. Uhu!

Alguns passeios por aqui e por ali. Sara e eu fomos passear no chamado Centro velho. Quanta coisa se pode aprender em uma tarde. Mas acho que já falei um pouco disso quando comentei sobre a exposiçāo do CCBB no outro post.

Finalmente chegou o fim-de-semana. E apesar de ser sempre bem adotada por aqui. Fds é um pouco triste, já que nāo tem muito o que fazer e os amiguinhos ainda sāo escassos. Mas… tchan-tchan: supressa! Sabado dia de ir no teatro. Alternativo. Mas ruim pra bom, mas mesmo assim divertido. Era a semi-final de um festival de comédia de grupos amadores. E a dupla de “Entrou pelo Cano” começou levantando o nível. Muito legal mesmo. O ruim foi que o que veio depois nāo conseguiu acompanhar… mas tá valendo. Nāo é todo dia que você ouve um ator ter que falar “gente, acabou” pra arrancar as palmas finais de um espetaculo.

Domingo era aniversário de Sara e eu, sem saber isso, foi pra casa dela ainda no sabado a noite. O que foi bem legal, porque assim passei o domingo com ela. A noite caiu e a menina ficou com vontade de balançar os esqueletos como presente para ela mesma. Fomos, entāo, para um lugar chamado Tom Jazz. Apesar de nāo ser muito a minha praia, a qualidade da música era – inegavelmente boa (em todos os sentidos) – e a noite foi digna de muitas risadas.

Segunda-feira chegou e com ela a Kiwi veio visitar (ps: resolver umas coisas por aqui) a amiga dela. E daí é uma nova jornada. Hahahaha. Que ela vai compartilhar comigo no próximo post. Alias, o texto – super enriquecedor – sobre a Índia era dela. Claps to my Kiwi!





Falando da Índia….

26 03 2007

Ainda me lembro muito bem de um dos meus primeiros dias em Paris, no apartamento de uma amiga, fazendo almoço.

“Ih aqui em Paris você vê de tudo, tem gente de tudo quanto é lugar. No fim dos três meses você já vai distinguir direitinho árabe, francês, africano, latino, os cinzas…”

“Quem?!”

“Os cinzas! São os indianos. Os asiáticos são amarelos, os africanos pretos, os franceses brancos, os árabes marrons e, pros indianos, sobrou o cinza”

 

Realmente, “cinza” é o que não falta não só em Paris, mas em diversas outras grandes cidades mundo afora. Com um bilhão de habitantes só na Índia, o povo tem grande participação na imigração para países com França, Inglaterra, Estados Unidos, e até mesmo Portugal. A maior parte tenta escapar da miséria (exposta, principalmente, na capital, Nova Délhi); a outra parcela constitui o grupo seleto de “cérebros” indianos pelos quais se engalfinham as mais famosas universidades e empresas do mundo, as quais fazem seus convites antes mesmo de os jovens terem terminado a faculdade.

 

Meus conhecimentos sobre a Índia não iam muito além do Taj Mahal, mausoléu considerado uma das maravilhas do mundo; os famosos elefantinhos coloridos de estante (que parece que têm que ser colocados de bunda pra porta, sabe-se lá porquê); as recentes notícias de Bollywood, a crescente indústria cinematográfica indiana; e, claro, Ghandi.

 

O ocidente nunca prestou muita atenção na Ásia antes do boom econômico do Japão e, principalmente, da China e da Índia, progresso que pegou o mundo de surpresa (Isso, ignorando que por volta de 1750,  as parcelas da Índia e a da China juntas atingiam 57,3% da produção manufatureira global, e sempre tiveram papel importante nesse aspecto).  Mesmo após esses países se fazerem presentes nos cadernos de economia dos jornais diários, ainda os vemos como paises “esquisitos”, ‘atrasados”, cuja cultura de milhares de anos ultrapassa o nosso entendimento, nós, seres ocidentais avançados. Eu mesma assumo que minha curiosidade por “aquelas bandas” era quase nula, e sempre fiz careta quando uma certa amiga minha me dizia sonhar em conhecer a China. “Não é lá que eles comem cachorro?!”, eu retrucava, indignada. Ahhh…o velho costume ocidental de taxar de errado tudo aquilo que não entendemos. Mas o prisma também parece um pedaço de vidro sem graça antes de ser colocado no sol.

 

Me bastou uma hora de pesquisa e leitura de reportagens pro simples pedaço de vidro virar um arco-íris no sentido “multi” de ser. A Índia se revelou um país multicolor, multiforme, multicultural e multilingüe.