O que podia ser um bom marketing, ou até mesmo uma boa iniciativa dos americanozinhos, virou uma piada. Acho que o senhor Bush levou aquele dizer “Dance Like No One’s Watching” muito a sério. O que ele nāo percebeu é que Everyone WAS Watching.
De qualquer maneira, vamos lá ao que realmente interessa no meio disso tudo – apesar a imprensa brasileira (e porquê nāo dizer mundial?) insiste em falar apenas na tal dancinha…
A razāo dessa dança foi o “lançamento” da American Malaria Awareness Day (Dia do combate a malaria). Atualmente a Malaria atinge entre 350-500 milhōes de pessoas por anos, causando um número de um à três milhōes de mortes por ano – ou seja: uma morte a cada 30 SEGUNDOS! Sendo que a maioria dos casos acontece em crianças até cinco anos. Apesar das constantes melhorias e pesquisas para a prevençāo da doença, nas aréas consideradas de risco – África, Ásia e algumas partes da América do Sul – se acredita que a morte pela doença pode dobrar nos próximos vinte anos.
Por se “apresentar” muito fortemente em areas urbanas a maioria dos casos da doença é, ainda, nāo documetada. Outro grande problema é a combinaçāo (bastante forte nos países africanos) da malaria e do HIV – que é, ainda, menos “perigosa” e comum que a combinaçāo turbeculosa + HIV. De qualquer forma, a existência de ambas (malaria e HIV) em grande números nesses países ajuda o crescimento das duas doenças, já que a malaria deixa uma pessoa mais sucetível à vírus e a HIV acaba com o sistema imunologico, deixando o portador mais sucetível à infecçōes – como a malaria. Ou seja: um ciclo um tanto quanto perigoso.
Entre as areas de risco a mais atingida é a África. Já que cerca de 85% das mortes pela doença acontece no Saara Africano – parte do norte na África (países como Sudāo, Libia, Egito, Marrocos, Tunisia, Niger). O grande problema da malaria na África é que a doença se espalha igualmente nas areas urbanas e rurais, o que nāo acontece em locais como Vietna, Laos e Cambodia – onde a doença é concentrada nas areas rurais.
No Brasil, a doença se foca nas florestas amazonicas, onde ainda se luta para a dedetizaçāo dos mosquitos transmissores da doença.
Se a imprensa brasileira insiste em nāo noticiar a questāo – o que dificulta o conhecimento de maiores informaçōes sobre os dados da doença no Brasil e, também, dissipa as possibilidades de campanhas contra a mesma -, lá fora – inspirados talvez pela dancinha do presidente – as campanhas começam a brotar. Para quem gosta de American Idol, nāo percam os próximo episodios, onde o programa se “transforma” em um evente benificiente e discute a questāo, levantando dinheiro para aqueles que enfrentam a pobreza na África e aos atingidos pelo furacāo Katrina nos Estados Unidos.
http://www.americanidol.com
http://www.malarianomore.org
Mudando, mas nem tanto, de assunto:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u134664.shtml
— Depois a gente deve ficar segura quando a policia diz “Fica calmo que a gente tá aqui”. É justamente esse o maior medo/perigo. Me diz aí, o que vale mais: um videogame ou a vida de uma família? Ah! Outra pergunta: no que deu as 300 investigaçōes/CPIs do ano passado? Entraram de folga para dar espaço pras desse ano? É por essas e outras que um país – qualquer que seja ele – nāo para frente e viverá sempre como um país em desenvolvimento sem nunca realmente se desenvolver.
Eles sempre arranjam outro assunto pra colocar panos quentes naqueles que não querem resolver, porque no final das contas todo mundo se suja e se corrompe. Esse é o Brasil, honey….