Nunca dance…

26 04 2007

O que podia ser um bom marketing, ou até mesmo uma boa iniciativa dos americanozinhos, virou uma piada. Acho que o senhor Bush levou aquele dizer “Dance Like No One’s Watching” muito a sério. O que ele nāo percebeu é que Everyone WAS Watching.
De qualquer maneira, vamos lá ao que realmente interessa no meio disso tudo – apesar a imprensa brasileira (e porquê nāo dizer mundial?) insiste em falar apenas na tal dancinha…
A razāo dessa dança foi o “lançamento” da American Malaria Awareness Day (Dia do combate a malaria). Atualmente a Malaria atinge entre 350-500 milhōes de pessoas por anos, causando um número de um à três milhōes de mortes por ano – ou seja: uma morte a cada 30 SEGUNDOS! Sendo que a maioria dos casos acontece em crianças até cinco anos. Apesar das constantes melhorias e pesquisas para a prevençāo da doença, nas aréas consideradas de risco – África, Ásia e algumas partes da América do Sul – se acredita que a morte pela doença pode dobrar nos próximos vinte anos.
Por se “apresentar” muito fortemente em areas urbanas a maioria dos casos da doença é, ainda, nāo documetada. Outro grande problema é a combinaçāo (bastante forte nos países africanos) da malaria e do HIV – que é, ainda, menos “perigosa” e comum que a combinaçāo turbeculosa + HIV. De qualquer forma, a existência de ambas (malaria e HIV) em grande números nesses países ajuda o crescimento das duas doenças, já que a malaria deixa uma pessoa mais sucetível à vírus e a HIV acaba com o sistema imunologico, deixando o portador mais sucetível à infecçōes – como a malaria. Ou seja: um ciclo um tanto quanto perigoso.
Entre as areas de risco a mais atingida é a África. Já que cerca de 85% das mortes pela doença acontece no Saara Africano – parte do norte na África (países como Sudāo, Libia, Egito, Marrocos, Tunisia, Niger). O grande problema da malaria na África é que a doença se espalha igualmente nas areas urbanas e rurais, o que nāo acontece em locais como Vietna, Laos e Cambodia – onde a doença é concentrada nas areas rurais.
No Brasil, a doença se foca nas florestas amazonicas, onde ainda se luta para a dedetizaçāo dos mosquitos transmissores da doença.
Se a imprensa brasileira insiste em nāo noticiar a questāo – o que dificulta o conhecimento de maiores informaçōes sobre os dados da doença no Brasil e, também, dissipa as possibilidades de campanhas contra a mesma -, lá fora – inspirados talvez pela dancinha do presidente – as campanhas começam a brotar. Para quem gosta de American Idol, nāo percam os próximo episodios, onde o programa se “transforma” em um evente benificiente e discute a questāo, levantando dinheiro para aqueles que enfrentam a pobreza na África e aos atingidos pelo furacāo Katrina nos Estados Unidos.
http://www.americanidol.com
http://www.malarianomore.org

Mudando, mas nem tanto, de assunto:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u134664.shtml
— Depois a gente deve ficar segura quando a policia diz “Fica calmo que a gente tá aqui”. É justamente esse o maior medo/perigo. Me diz aí, o que vale mais: um videogame ou a vida de uma família? Ah! Outra pergunta: no que deu as 300 investigaçōes/CPIs do ano passado? Entraram de folga para dar espaço pras desse ano? É por essas e outras que um país – qualquer que seja ele – nāo para frente e viverá sempre como um país em desenvolvimento sem nunca realmente se desenvolver.