Falando da Índia….

26 03 2007

Ainda me lembro muito bem de um dos meus primeiros dias em Paris, no apartamento de uma amiga, fazendo almoço.

“Ih aqui em Paris você vê de tudo, tem gente de tudo quanto é lugar. No fim dos três meses você já vai distinguir direitinho árabe, francês, africano, latino, os cinzas…”

“Quem?!”

“Os cinzas! São os indianos. Os asiáticos são amarelos, os africanos pretos, os franceses brancos, os árabes marrons e, pros indianos, sobrou o cinza”

 

Realmente, “cinza” é o que não falta não só em Paris, mas em diversas outras grandes cidades mundo afora. Com um bilhão de habitantes só na Índia, o povo tem grande participação na imigração para países com França, Inglaterra, Estados Unidos, e até mesmo Portugal. A maior parte tenta escapar da miséria (exposta, principalmente, na capital, Nova Délhi); a outra parcela constitui o grupo seleto de “cérebros” indianos pelos quais se engalfinham as mais famosas universidades e empresas do mundo, as quais fazem seus convites antes mesmo de os jovens terem terminado a faculdade.

 

Meus conhecimentos sobre a Índia não iam muito além do Taj Mahal, mausoléu considerado uma das maravilhas do mundo; os famosos elefantinhos coloridos de estante (que parece que têm que ser colocados de bunda pra porta, sabe-se lá porquê); as recentes notícias de Bollywood, a crescente indústria cinematográfica indiana; e, claro, Ghandi.

 

O ocidente nunca prestou muita atenção na Ásia antes do boom econômico do Japão e, principalmente, da China e da Índia, progresso que pegou o mundo de surpresa (Isso, ignorando que por volta de 1750,  as parcelas da Índia e a da China juntas atingiam 57,3% da produção manufatureira global, e sempre tiveram papel importante nesse aspecto).  Mesmo após esses países se fazerem presentes nos cadernos de economia dos jornais diários, ainda os vemos como paises “esquisitos”, ‘atrasados”, cuja cultura de milhares de anos ultrapassa o nosso entendimento, nós, seres ocidentais avançados. Eu mesma assumo que minha curiosidade por “aquelas bandas” era quase nula, e sempre fiz careta quando uma certa amiga minha me dizia sonhar em conhecer a China. “Não é lá que eles comem cachorro?!”, eu retrucava, indignada. Ahhh…o velho costume ocidental de taxar de errado tudo aquilo que não entendemos. Mas o prisma também parece um pedaço de vidro sem graça antes de ser colocado no sol.

 

Me bastou uma hora de pesquisa e leitura de reportagens pro simples pedaço de vidro virar um arco-íris no sentido “multi” de ser. A Índia se revelou um país multicolor, multiforme, multicultural e multilingüe.


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3 responses

28 03 2007
Sutil como um...

Já vi que daqui a pouco mih amiga irá se aventurar pela india… o problema pra mim, sempre, é a comida, mas creio, do fundo do heart, que exista um Mcdonalds por lá! 🙂
bjks!

25 06 2009
ingrid

eu tenho uma amiga que ela já foi na india e ela falou que e maneiro e tenho aqueles nome isquisito mais e muito divertido

21 09 2009
eduarda

já vi daqui a pouca mih amiga ia se aventurara pela a india
a india e tão bonita

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